Situada a poucos quilómetros de Alenquer, esta igreja é, talvez, uma das mais belas do Concelho, e é sem dúvida, a única que, entre nós, apresenta uma equilibrada unadade arquitectónica e decorativa e uma bem clara marca temporal: a segunda metade de século XVIII.
Santa Quitéria surge-nos assim, como um perfeito modelo e exemplo da arquitectura neo-clássica, como raízes nos trabalhos do convento de Mafra e uma notória aproximação estilística da Basílica da Estrela e da de Santo António da Sé, suas contemporâneas.
Foi mandada edificar pela confraria de Santa Quitéria de Meca, na altura uma das mais ricas e poderosas de Portugal, e sob a protecção régia de D.ª Maria I. A construção da igreja estava terminada nos últimos anos do século XVIII - a data de 1799, inscrita sobre uma janela lateral do edifício, dá-nos essa informação.
Construída com calcário da região - ainda hoje é conhecido por «pedreira da Santa» o local onde se extraiu a pedra para esta obra - a igreja tem duas elegantes torres sineiras e uma movimentada fachada dividida, a toda a altura, por seis pilastras de capitéis jónicos que definem os espaços onde se abren os três janelões gradeados e os três pórticos frontais de galilé.
Uma cornija bastante saliente correndo pela base das duas torres, um frontão central com arcos contracurvados aberto num óculo quadrilobado, e uma grande profusão de urnas com fogaréus flamejantes, completam a composição ornamental da fachada principal da igreja.
O interior, de uma só nave e um curto transepto, é notável pelos seus mármores e pinturas.
O interior, de uma só nave e um curto transepto, é notável pelos seus mármores e pinturas.
Interior da Basílica
Altar-mor
Púlpito
Coro
«Santa Quitéria e o Anjo Gabriel»
Na parte central da abóbada do cruzeiro, em tecto de masseira e pintados sobre madeira, «Os quatro evangelistas».
Aboboda do Cruzeiro
De entre estas, destacamos, pelo seu elevado valor artístico, as duas grandes telas dos altares do cruzeiro, representando do lado da Epístola a «Pregação de João Batista», e do lado do Evangelho « A Última Ceia» com a assinatura do pintor Pedro Alexandre (1730-1810).
«Pregação de João Batista»
Aos lados do altar-mor, duas outras telas provavelmente do mesmo pintor, com os temas da «Aparição de Santa Quitéria» e a «Entrada da imagem na nova igreja», são bons exemplares de pintura dos finais da segunda metade do século XVIII.
O tecto, em berço, da nave da igreja é de madeira forrda de tela, pintada com grisalhas; os tons predominantes são os cinzentos, os verdes e o oiro, que se fundem numa bela harmonia criando uma perfeita ilusão de relevos que envolvem vários medalhões com cenas da vida e do martírio de Santa Quitéria. Partindo da capela-mor, os temas pintados são os seguintes: «Santa Quitéria e o Anjo Gabriel», «Santa Quitéria no Monte Pombeiro», «Santa Quitéria na Corte de Luciano», «A Conversão das Sentinelas do Cárcere» e «O Martírio de Santa Quitéria».
Aos lados do altar-mor, duas outras telas provavelmente do mesmo pintor, com os temas da «Aparição de Santa Quitéria» e a «Entrada da imagem na nova igreja», são bons exemplares de pintura dos finais da segunda metade do século XVIII.
O tecto, em berço, da nave da igreja é de madeira forrda de tela, pintada com grisalhas; os tons predominantes são os cinzentos, os verdes e o oiro, que se fundem numa bela harmonia criando uma perfeita ilusão de relevos que envolvem vários medalhões com cenas da vida e do martírio de Santa Quitéria. Partindo da capela-mor, os temas pintados são os seguintes: «Santa Quitéria e o Anjo Gabriel», «Santa Quitéria no Monte Pombeiro», «Santa Quitéria na Corte de Luciano», «A Conversão das Sentinelas do Cárcere» e «O Martírio de Santa Quitéria».
«O Martírio de Santa Quitéria»
Na parte central da abóbada do cruzeiro, em tecto de masseira e pintados sobre madeira, «Os quatro evangelistas».
Aboboda do Cruzeiro
São ainda dignos de referência as pinturas do tecto da sacristia no rés-do-chão e da sala da confraria no primeiro andar, bem como as pinturas de cavalete aí existentes, nomeadamente uma «Nossa Senhora da Conceição».
De grande valor são os paramentos, algumas imagens e os ex-votos desta igreja.
É ainda peça de interesse o órgão que se encontra no coro. Está datado e assinado: António Xavier Machado e Cerveira o fêz em o anno d' 1816 Lisboa - N.º 82.
Órgão
No largo fronteiro está o trono circular, de pedra, de onde se procede à bênção do gado, que tem lugar durante a festa anual, que ocorre todos os anos em Maio.
Trono
Muito Interessante! Parabéns
ResponderEliminarDescobrimos por acaso a basílica... absolutamente surpreendente! Agradecemos tardiamente a excelente visita guiada pelo sr. padre Pedro, bem como a sua generosidade e companhia.
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