segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Palacete do Visconde da Abrigada


O Palacete do Visconde da Abrigada foi edificado em 1880, pelo Visconde da Abrigada, Sr. José de Maria Mendonça, casado com D. Maria Leonor de Saldanha e Daun. Este é um interessante exemplar de palacete de província, de arqutectura residencial romântica, formado por dois corpos perpendiculares. Merece menção a componente ornamental que dinamiza o conjunto, e na qual se destaca o revestimento cerâmico, os elementos relevados sobre as janelas e ainda o remate recortado da platibanda.




Pormenores da Ornamentação

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Torre da Couraça

Imediatamente fora do castelo em frente da porta da Conceição ha uma alta torre que nascendo da fundura do largo da Fabrica do Papel vem alcançar o nivel da porta sobredita. Esta torre foi sem duvida construida pelos mouros, porque avendo nos seus alicerces uma copiosa nascente de água quizeram deste modo conseguir o abastecimento desse genero tornando a praça assim inexpugnavel. A construção desta torre provavelmente foi começada quando a noticia das conquistas de D. Afonso Henriques obrigava os mouros a lançar mão de tudo quanto podesse contribuir para a segurança das suas praças e castelos. Depois da vila cair nas mãos dos cristãos, uma população de guerreiros, naturalmente não quizeram seguir com a obra, e foi a falta dela que deu em resultado o alcaide Camões ver-se obrigado a render o castelo em 1384.

Torre da Couraça á poucos anos


As paredes desta torre são de imensa grossura e fortaleza. Por dentro há um caminho que segue desde o cimo da torre até ao fundo e é tradição que há uma correspondencia secreta com o castelo intra muros por onde a guarnição ia buscar água ás escondidas. Esta torre não é unica no pais, em Silves havia uma semelhante. A casa que que se achava em cima da torre já demolida á alguns anos pertencia á Fabrica do Papel.

Torre da Couraça no ano de 1941

terça-feira, 28 de abril de 2009

Igreja de Santa Ana (Santana da Carnota)


« Ficou totalmente arruinada a capela-mor desta freguesia no terramoto de 1755, e se principia a reedificar a fundamentis», escreve em Agosto de 1759, o pároco da freguesia, Padre Manuel Maços. A actual igreja recentemente restaurada, é um elegante templo setecentista de belas e equilibradas proporções, de uma só torre e com um interior valorizado por um natável trabalho de pedra e estuque. A igreja está ornamentada por medalhões, molduras, festões e grinaldas, preciosamente modeladas em gesso. O altar-mor é de estuque policromado com tribuna e dois nichos laterais e o tecto, em abóbada de berço, está também ricamente decorado com aplicações de gesso.


Vista Interior da Igreja


Capela-mor



Tecto da capela-mor



Tribuna

A padoeira « Santa Ana », sentada com a Virgem (séc. XVII / XVIII), « Nossa Senhora da Conceição » em madeira policromada do século XVIII, « Santo António » e um « S. Sebastião» em calcário policromado, são belas imagens que podemos contemplar no interior da igreja.



Santa Ana sentada com a Virgem

Nossa Senhora da Conceição


Santo António


São Sebastião


Na sacristia do lado esquerdo há dois baixos relevos representando a «Senhora do Rosário retirando as almas do Purgatório», e uma «Custódia» de grande sentido decorativo. Na outra sacristia há uma terceira pedra, representando uma «Cruz Ornamentada» de desenho pouco vulgar.

Baixo Relevo
«Nossa Senhora do Rosário retirando as almas do Purgatório»

Baixo Relevo
«Custódia»

Baixo Relevo

«Cruz Ornamentada»


A casa baptismal é digna de referência com a sua pia baptismal e o tecto decorado com belas pinturas a fresco. No corpo da igreja do lado esquerdo encontra-se o púlpito em pedra trabalhada e madeira. E do lado direito ao lado da porta lateral está uma bela pia de água benta de pedra em esculpida em formato concha.


Pia Baptismal


Tecto da Casa Baptismal

Púlpito


Pia de Água Benta



Destacamos ainda o relógio de sol colocado numa das esquinas da sacristia e o belo trabalhado sobre a porta lateral.


Relógio de Sol


Porta Lateral

Igreja de Nossa Senhora Assunção (Cadafais)

A actual igreja foi erigida pelos anos de 1680 provavelmente quando a primitiva se tornou insuficiente para o numero crescente dos paroquianos mas já em 1627 se vê pelo cartório que o orago se havia mudado de Nossa Senhora das Candeias para Nossa Senhora da Assunção provavelmente por a primeira imagem ser velha e tosca e esta inovação ainda conserva. Na capela-mor ha um carneiro e na parede do lado do evangelho, uma lápide com o brazão da familia do primeiro fundador. Neste carneiro haverá 27 anos foi enterrada a condessa de Louzã, mulher do conde D. Diogo, e na ocasião do funeral, passando um dos padres pela capela-mor sem reparar no jazigo aberto, caio dentro, ficando tão magoado que em poucos dias morreu. Na sacristia há um lavatório de pedra fina que era do Convento de Santa Catarina da Carnota e foi dada a esta igreja pelo Sr. Adolpho Kantzou, ministro da Suécia, e a cruz que está no adro tambem é devida á manificiencia do mesmo senhor.
Fachada da Actual Igreja


Torre da Extinta Igreja

Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Pereiro de Palhacana)


A igreja da freguesia tem um interessante alpendre de colunas toscanas que corre paralelo ao corpo do edifício. Por aí se faz a única entrada para o templo. No interior há lambris de azuleijos do século XVII do tipo tapete e enxaquetados azuis e brancos. Na sacristia há outros silhares com azuleijos também do século XVII.

O arco do cruzeiro, de bom desenho, é de calcário da região e apresenta a particularidade de ter cortada a aresta frontal.

A imagem da padoeira é do século XVIII. Há ainda uma boa imagem de «S. Miguel Arcanjo», muito repintada, e outras imagens de interesse. A talha do altar é muito simples. As duas pias de água benta, em pedra calcária, talves da mesma época do arco do cruzeiro (séc. XVI) estão decoradas com motivos de sabor popular.

Igreja de S. Miguel



Situada em lugar ermo, no extremo noroeste da freguesia, esta velha Igreja esteve, até há cerca de trinta anos, no mais completo abandono. A colocação de um telhado impedio a sua total destruição.


Em 1758 o pároco fez dela a seguinte descrição: « Hé o Arcanjo Sam Miguel o seu Orago, hé de uma só nave a Igreja, a Capella mor, e dous altares collateraes, hum de N. Senhora e outro do Menino Deus» (Memórias Paroquiais)










segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pelourinho (Aldeia Galega da Merceana)

O pelourinho, situado a poucos passos da Casa da Rainha e da antiga Igreja da Misericórdia, é uma bela peça manuelina, bastante degradada e acusando a passagem do tempo.

Concebido como uma coluna torsa cingida a meia altura por um anel, está profundamente decorado com elementos vegetais. Os cachos de uva e as folhas de videira são predominantes. Apresenta, também, alguns motivos da fauna local da época, cabeças de javali e de touro.

A coluna que se ergue sobre três pequenos degraus de recorte circular é rematada superiormente por um capitel ornamentado com temas florais e desenhos emblemáticos inspirados na heráldica do antigo concelho que ali tinha a sua sede e símbolo.

Igreja do Divino Espírito Santo (Ota)

Templo muito simples e modesto, reune, no entanto, um rico conjunto de azulejaria do século XVII que muito a valoriza.
Esses azulejos do tipo tapete, distribuem-se pelos silhares da nave da igreja, pela cubertura da face anterior do arco do cruzeiro e pelo revestimento da capela-mor.
A pequena pia de água benta, de traça manuelina é o testemunho de uma igreja ou capela autrora ali construída.
De entre a imaginária da igreja destacamos, pela sua beleza, uma «Senhora da Piedade» setecentista.
Peça singular, pelas suas características epigráficas, é a laje tumular quinhentista que se encontra junto do arco da capela-mor que diz:
«E/
AQUI: IAZ: BASTIAM: PÎS: /
LAVRADOR: E SVA: MOLH/
ER: ANA: FRS: OS QVAES/
DEIXARAM: HO:ESPIRI/
TO: SÃTO: POR: SVA: DE/
VAÇAM: TRES: MILRES/
E HUM . TOVRO . ESTA . CEP/
VLTVRA E PERA . TODA . SVA/
GERACÃO . 1567 . ANOS

Igreja de Nossa Senhora dos Anjos (Vila Verde dos Francos)

Inteiramente reformada. Apenas conserva, na capela-mor, a sepultura de D. Luís de Noronha, de 1643; e, no corpo da igreja, uma pia de água-benta, do século XVI, e pia baptismal do século XVII.
Capela-mor

Igreja de Nossa Senhora do Egipto (Ribafria)

Pequeno templo alpendrado, com porta manuelina. Altar-mor de talha do séculoXVIII, com duas imagens estofadas e uma outra, de S. Brás, de pedra. Pia baptismal quinhentista, em taça simples de pedra, como a da Igreja de S. Sebastião na Espiçandeira.


Alpendre com Porta Manuelina


Altar-mor

Nossa Senhora do Egipto e Sacrário


Crusifixo

Pia Baptismal

Nossa Senhora de Fátima

domingo, 26 de abril de 2009

Igreja de Nossa Senhora da Encarnação (Olhalvo)


Esta igreja fez parte, até aos meados do século XIX, do Convento dos Carmelitas Descalços de Olhalvo. Esta igreja ficou bastante danificada no terramotode 1755. Assim, a actual frontaria, com uma única torre sineira e os seus três janelões de vergas em recorte curvo, foi concluída em 1771, embora o desenho do seu belo pórtico encimado pelo escudo do Bispo fundador. A grande torre sineira foi terminada em 1831. Em 1755 acabaram as obras de talha do altar-mor que só foi pintado e dourado em 1812. Em 1843 foi feito o elegante e equilibrado guarda-vento que ainda hoje ornamenta a entrada do templo. A capela do Santíssimo foi construída em 1833; tendo a sua abóbada abatido, no seu lugar vemos hoje uma pequena capela em arco de volta inteira, reedificada recentemente. A actual igreja, impressiona pelas dimensões e pela quase total ausência de ornamentação, apenas quebradas pelo enorme coro e pelos altares.

Coro

Vista Interior

Destes são de destacar, para além do altar-mor já referido e os dois colaterais em talha rocaille de um modelo hoje muito raro.

Altar Colateral


Altar-mor

Pormenor do Altar-mor

Na base do retábulo de cada um destes altares estão emolduradas duas pequenas pinturas ovais feitas sobre cobre. São exemplares de grande valor plástico. Na capela-mor da igreja e por vínculo instituído pelo Bispo fundador foi criado o panteão dos seus antepassados. Nas paredes laterais há quatro grandes lápides tumulares. Uma dela recorda-nos que nela está sepultado o grande Tristão da Cunha. Há ainda na igreja e no corredor da Sacristia outras pedras com inscrições.

Esta ireja é muito rica em obras de arte quer em imagens de vulto quer em pinturas de cavalete. Merecem especial referência os quadros «S. Pedro na Gruta» e «Anunciação»; a última destas telas está datada de 1656 e assinada com uma pequena sigla. Dignas ainda de assinalar as pinturas de «Santa Luzia», Santa Apolónia», «Santo António», «Baptismo de Cristo» e um «Calvário», todas elas bons exemplares da pintura do século XVII e XVIII. Nos altares podemos ver uma valiosa colecção de imagens: quase todas elas são de madeira estofada do século XVIII. Merece destaque uma pequena escultura de alabastro que apresenta restos de policromia: representa a «Virgem com o Menino» e é provavelmente, do século XVI. Tambem de grande interesse é a imagem da padroeira, «Senhora da Encarnação», existente no nicho do frontão exterior da igreja: trata-se de uma bela escultura do século XVIII outrora policromada.
Capela-mor (Panteão dos Cunhas)


Lápide Tumular de Tristão da Cunha