sexta-feira, 18 de junho de 2010

Palácio dos Marqueses de Angeja (Vila Verde dos Francos)


De entre o casario da antiga Vila distinguem-se, ainda hoje pelo seu interesse histórico, as ruínas do velho palácio dos Senhores de Vila Verde.
Em meados do século XVIII escrevia-se assim num documento sobre esta povoação: «É seu Donatário ao presente o Marquês de Angeja D. Pedro José de Noronha e Camões, Camarista de Sua Majestade Fidelíssima e Vedor de Sua real fazenda (...) onde tem seu Palácio com muita grandeza, e antiguidade, com sua cerca, noras, alegretes e água todo o ano em grande abundância, muitas árvores, laranjeiras, pereiras, macieiras, ginjeiras e figueiras e mata de árvores silvestres, com um pombal de pombos bravos que não obstante os muitos que se lhe matam nas lezírias e para sustento de seus administradores sempre conservar mais de mil».




Nos finais do século XIX Guilherme Henriques escreve assim: «O palácio é um edifício solido, irregular e incompleto, que está rapidamente caindo em ruínas. Há n'ele um quarto bastante danificado, chamado o gabinete do conde, provavelmente por ter sido obra do conde de Vila Verde que foi governador da Índia, cujo tecto está repartido em quadros, representando cenas da historia da conquista da Índia, e cada quadro tem em redor os nomes dos principais capitães que se acharem n'aqueles feitos».
Este edifício arruinou-se completamente. Dele restam hoje algumas das paredes mestras... e o velho pombal, também arruinado.


Castelo de Vila Verde dos Francos



Numa pequena colina situada a curta distância da povoação ficam as ruínas de uma velha fortaleza que se supõe ser da época da fundação da nossa nacionalidade (séc. XII) e que a tradição atribui ao cruzado francês D. Alardo. Há notícias de que este velho castelo já estava arruinado nos meados do século dezoito.

É monumento considerado de interesse público.

Casa da Rainha (Aldeia Galega da Merceana)



A Casa da Rainha, que a tradição local aponta como sítio onde os visitantes reais se acolhiam nas suas passagens por estas terras, é hoje um conjunto arquitectónico bastante pitoresco.



De destacar uma escadaria com alpendre, uma porta ogival e a data de 1738. Na parede há um cachorro de pedra saliente com uma bela cabeça quinhentista.
Parte deste imóvel, que foi recuperado e restaurado, pertence à Junta de Freguesia.



Próximo deste conjunto arquitectónico encontra-se a velha Igreja da Misericórdia.